Pesquisadores identificaram as ossadas de alguns dos primeiros colonizadores americanos, mortos há 400 anos. Mas, com os restos mortais, foi encontrada uma pequena caixinha de prata. Lacrada. Pra não danificar o conteúdo dela e nem a caixinha, a solução foi a tomografia computadorizada.
A tomografia revelou que dentro da caixa havia vários fragmentos de ossos e uma pequena ampola que, segundo os pesquisadores, podia conter água ou óleo bentos. Acredita-se que ela seja um relicário, provavelmente católico. Com as imagens, os cientistas fizeram impressões em 3D.
Há uma letra “m” maiúscula inscrita na tampa na caixa. Ninguém sabe quem fez a inscrição e qual seu significado. “Seria o nome de um santo? Ou talvez tenha um significado pessoal?”, pergunta-se James Horn, presidente da Jamestown Rediscovery.
“Essa caixa permaneceu em segredo por mais de 400 anos. Mas é possível, com a nova ciência e tecnologia, que algum dia descubramos o que ela está nos dizendo”.
A identificação das ossadas de quatro líderes de Jamestown (no Estado da Virgínia) revelou detalhes da vida, da morte e da importância da religião no assentamento de Jamestown, que fica a 130 quilômetros ao sul de Washington. Mas foram necessários dois anos de investigação e de técnicas modernas para identificar os ossos, que estavam em péssimo estado de conservação. Os homens identificados são, além do capitão Gabriel Archer, o reverendo Robert Hunt, ‘sir’ Ferdinando Wainman e o capitão William West. Eles foram figuras importantes na condução dos rumos de Jamestown entre 1607 e 1610, um período em que a colônia chegou perto do fim.
Os corpos exumados foram encontrados em novembro de 2013 e se sabia que eram de pessoas de status na comunidade, já que estavam enterrados em uma igreja – a mesma onde ocorreu o casamento entre Pocahontas, filha de um líder indígena que ficou famosa com o filme da Disney, e o explorador britânico John Rolfe.
Via UOL
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