Tumor Odontogênico Ceratocístico (Ceratocisto Odontogênico)

Ceratocisto distribuição

Distribuição relativa de ocorrência dos ceratocistos

Características gerais:

tumor odontogênico ceratocístico merece consideração especial, pois tem características histopatológicas e comportamento clinico específicos em relação aos demais cistos odontogênicos de desenvolvimento. Seu crescimento parece não se dar pelo aumento da pressão osmótica, como em outros cistos, mas está relacionado a fatores do próprio epitélio ou à atividade enzimática da parede cística. Dessa forma, muitos autores (não a maioria) sugerem que ele seja considerado uma neoplasia cística benigna, tanto que na mais recente classificação da OMS sua nomenclatura mudou de ceratocisto odontogênico para tumor odontogênico ceratocístico. Corresponde a até 11% de todos os cistos odontogênicos.

São mais comuns em mandíbula (até 80% dos casos), com frequente envolvimento do corpo posterior e do ramo.

Características clínicas:

Tumores odontogênicos ceratocísticos pequenos geralmente são assintomáticos e são descobertos em exames radiográficos de rotina. Já os maiores podem causar dor, edema e drenagem, mas também pode ser assintomáticos. Não causam expansão do osso. A presença de muitos tumores odontogênicos ceratocísticos em pacientes jovens (entre os 10 e os 20 anos) pode ser parte da manifestação da síndrome do carcinoma nevoide basocelular (síndrome de Gorlin).

Características radiográficas:

Área radiolúcida, com margens escleróticas frequentemente bem-definidas, podendo estar associada à coroa de um dente não-irrompido em até 40% dos casos (ou seja, radiograficamente pode ser idêntico a um cisto dentígero). Lesões grandes podem ser multiloculadas. Pode reabsorver as raízes de dentes adjacentes, mas isso é menos comum do que ocorre nos cistos dentígeros e radiculares.

Ceratocisto odontogênico

Ceratocisto odontogênico

Ceratocisto odontogênic

Ceratocisto odontogênico

Ceratocisto odontogênico multilocular

Ceratocisto odontogênico multilocular

Prevalência:

  • São mais comuns em pessoas entre 10 e 40 anos de idade
  • São um pouco mais comuns em homens

Outras hipóteses diagnósticas:

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Na câmara escura: Ana Tokus

Cirurgiã-dentista graduada pela Universidade Federal do Paraná, especialista em Radiologia Odontológica e Imaginologia pela ABO-PR. Também autora dos blogs Medo de Dentista e OdontoDivas. Veja todos os posts de Ana Tokus
posted: RT Multiloculares, RT Uniloculares

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