Homem morre alvejado pela própria arma durante exame de ressonância magnética

Morreu o advogado Leandro Mathias de Novaes, de 40 anos, atingido por um disparo da própria arma de fogo enquanto acompanhava sua mãe numa ressonância magnética em São Paulo. Leandro portava uma pistola calibre 9 milímetros, um pente extra carregado e cerca de 30 munições. O advogado teria guardado o pente extra e as munições após orientação, mas deixou a pistola na cintura durante a realização do exame.

De acordo com um representante do laboratório, ele estava com a arma na cintura e se aproximou para ajudar a posicionar a mãe, que estava deitada na maca que entraria na máquina de ressonância magnética. O advogado estava a um metro de distância da máquina quando a arma foi atraída pelo equipamento e disparou na direção do seu abdômen, após chocar-se na lateral do aparelho. Dois funcionários também estavam na sala durante o disparo, mas não ficaram feridos. A arma estava registrada e o advogado tinha autorização para o porte.

A ressonância magnética é um exame que se utiliza de um forte campo magnético. Por isso, não se recomenda a permanência de nenhum objeto metálico durante o procedimento, inclusive Stents, aparelhos dentários e DIUs, por exemplo.

O caso foi registrado como disparo de arma de fogo pelo 14º Distrito Policial. Leandro e sua mãe assinaram um termo em que concordavam com as orientações para acessar a área do equipamento, entre elas a proibição de portar quaisquer objetos metálicos. O advogado foi socorrido no Hospital São Luiz, onde estava internado desde o dia 16 de janeiro. Apenas a perícia do núcleo de balística poderá determinar se a colisão com a máquina de ressonância ou o próprio magnetismo foi responsável pelo disparo que matou o advogado.

“Tanto a paciente, quanto o acompanhante neste caso foram aplicados questionários de consentimento e orientações sobre o campo magnético. Então, o senhor Leandro foi verbalmente orientado e também assinou um protocolo onde todas as orientações estavam escritas e esclarecidas para ele. Tanto é que ele guardou os objetos no armário e, infelizmente, o único objeto que ele não guardou foi a arma de fogo que ele portava“, afirma César Penteado, diretor-médico do laboratório.

O advogado era conhecido por produzir conteúdo sobre armas no TikTok. Ele contava com mais de 7 mil seguidores naquela rede social.

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Na câmara escura: Ana Tokus

Cirurgiã-dentista graduada pela Universidade Federal do Paraná, especialista em Radiologia Odontológica e Imaginologia pela ABO-PR. Também autora dos blogs Medo de Dentista e OdontoDivas. Veja todos os posts de Ana Tokus
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