Muito se deve ao físico Peter Mansfield quando o assunto é ressonância magnética. Graças a ele é que a ideia de se usar campos magnéticos e ondas de rádio para gerar imagens em três dimensões do interior do corpo humano ganhou espaço em clínicas e hospitais ao redor do mundo. Isso revolucionou o diagnóstico por imagem, afinal esse tipo de exame não utiliza radiação ionizante, que tem efeito danoso – por menor que seja – em organismos vivos.

Peter Mansfield
Nos anos 1970 Mansfield descobriu que sinais de rádio podem ser analisados matematicamente para construir as imagens de ressonância magnética em questão de minutos, o que antes levava horas. O desenvolvimento da técnica e a invenção do processo renderam o Prêmio Nobel de Fisiologia / Medicina de 2003 a Mansfield e ao professor de química americano Paul Lauterbur, respectivamente.
“Poucas pessoas podem olhar para trás em suas carreiras e concluir que mudaram o mundo. E ao se tornar um pioneiro da MRI, foi exatamente o que Sir Peter Mansfield fez, ele mudou nosso mundo para melhor”, declarou David Greenaway, vice-reitor da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, onde ele era professor.
Peter Mansfield faleceu anteontem aos 83 anos de causas não divulgadas. Ele deixa a esposa Jean, com quem se casou em 1962, duas filhas e vários netos.